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Antibioticoterapia e o uso correto de medicamentos

dezembro 9, 2010

 A partir do dia 28 de novembro começaram a valer as novas regras para a venda de antibióticos nas farmácias, instituídas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário Oficial União.

As novas regras prevêem que os antibióticos sejam vendidos apenas sob prescrição médica, em duas vias. O paciente deverá ficar com uma via da receita  carimbada pela farmácia, como forma de comprovar o atendimento. Já a outra ficará no estabelecimento farmacêutico onde o medicamento foi comprado.

A prescrição médica para antibióticos terá dez dias de validade. Ela deve estar em letra legível e sem rasuras, e precisam informar o nome do medicamento ou da substância prescrita , dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade e posologia. Além disso, será anotado pela farmácia no verso  da receita a data, quantidade e número do lote do remédio.

Repercussões

Tendo em vista as novas normas, foi realizada uma reunião entre os membros da Câmara Brasileira do Comércio Farmacêutico (CBC Farma), onde foi elaborado um mandato contra a resolução. A justificativa é que a população poderia ser prejudicada, uma vez que nem sempre a forma que o médico prescreve pode ser encontrado na farmácia, ou então o indivíduo pode não ter dinehiro suficiente para comprá-la.

Outra discussão diz respeito à eficácia prática da norma: a classe médica apontou que não basta controlar a venda de antibióticos, é preciso saber usá-lo.

A preocupação com relação à venda de antibióticos é o costume brasileiro de se automedicar baseado nos sintomas e na recomendação de parentes e amigos. O mau uso proporciona uma seleção natural de bactérias resistentes aos antibióticos, o que torna cada mais mais difícil o tratamento de infecções e mais graves as doenças. Além disso, o mau uso de antibióticos modifica a flora intestinal, reduz a população bacteriana que protege a mucosa e propicia a exacerbação de infecções.

Mais do que ditar normas, é preciso conscientizar as pessoas e principalmente os usuários com relação ao mau uso de antibióticos, destacando que as consequências podem não ser exclusivamente pontuais, e podem tornar-se universais. Isto pode ser conseguido através da Atenção Farmacêutica, donde o farmacêutico se destaca como peça-chave nesse processo – e é quem tem a importante função de se aproximar da população e incentivã-la de criar o hábito de consultá-lo.

Obstáculos da atenção farmacêutica no Brasil

novembro 28, 2010


A profissão farmacêutica vem sofrendo transformações ao longo do tempo desencadeadas pelo desenvolvimento da industria farmacêutica aliada à descoberta de novos fármacos para a produção em larga escala, resultados da pesquisa farmacêutica de alta complexidade. Estes avanços levaram à quase obsolescência os laboratórios magistrais das farmácias, até então atividade primária do farmacêutico, definida pela sociedade e pelo âmbito profissional.

Diante dessa condição, o farmacêutico, na farmácia, passou a ser visto pela sociedade como mero vendedor de medicamentos, o que resultou em grande insatisfação levando um grupo de alunos e professores da Universidade de São Francisco (EUA) a desenvolver um movimento denominado “Farmácia Clínica”. Esta nova atividade objetivava a aproximação do farmacêutico ao paciente e à equipe de saúde, possibilitando o desenvolvimento de habilidades relacionadas à farmacoterapia.

O modelo de Atenção Farmacêutica atual baseia-se principalmente no acompanhamento farmacoterapêutico dos pacientes, buscando a obtenção de resultados terapêuticos desejados por meio da resolução dos problemas farmacoterapêuticos, procurando-se definir uma atividade clínica para o farmacêutico, tendo o paciente como ponto de partida para a solução dos seus problemas com os medicamentos

No Brasil, os modelos tecnológicos em saúde que precederam o SUS, contribuíram para afastar o farmacêutico dos pacientes, pois não era previstos a sua participação na equipe de saúde, nem o medicamento considerado insumo estratégico. Com a implantação do SUS houve, pela primeira vez, um modelo que definia Assistência Farmacêutica e a Política Nacional de Medicamentos como parte integrante das políticas de saúde, possibilitando ao farmacêutico não só participar de maneira efetiva da saúde pública, mas também desenvolver formas específicas de tecnologia, envolvendo os medicamentos e seus desdobramentos na prestação de serviços de saúde. Porém, a implementação destas tecnologias ainda é incipiente.

A dificuldade de inserir esse modelo encontra-se também na falta de reconhecimento da figura do farmacêutico como parte integrante na equipe multiprofissional por esses próprios profissionais, dificultando o trabalho do farmacêutico clínico. A falta de reconhecimento verifica-se também na população que  não compreendem a importância do atendimento realizado pelo farmacêutico, pelos próprios farmacêuticos que não se reconhecem mais como profissionais de saúde e pelo governo que não fornece o incentivo necessário.

Alguns países como os Estados Unidos, Canadá e Espanha, a Atenção Farmacêutica vem sendo discutida e implantada há mais de uma década, sendo estes países considerados como referência no assunto. Estes países encontraram menores dificuldades para implantar e implementar a Atenção Farmacêutica, pois além de possuírem um serviço de saúde bastante estruturado, já reconheciam o farmacêutico como profissional imprescindível na área de saúde, devido à sua atuação na Farmácia Clínica.

O farmacêutico enfrenta então um impasse entre a sua sobrevivência no mercado, incluindo o sucesso da empresa e a garantia do seu emprego, e a realização plena das atividades do profissional farmacêutico, refletindo a necessidade do profissional atuar na sociedade, resultando na realização profissional.



 

Os aventais de microfibra chegaram!

novembro 6, 2010

Para os que fizeram a encomenda de aventais de microfibra, uma boa notícia: eles já chegaram e ficaram lindos!

Daremos início à entrega a partir de semana que vem:

Quando:

05/11 a 12/11

(segunda a sexta-feira)

Horários:

Almoço: 12h30-13h30

(excepcionalmente, na terça-feira será das 12h às 13h)

Jantar: 17h30-18h30

Local de retirada:

Sala 12 do Centro de Vivências (térreo)

Contato:

tati2689@hotmail.com

(11) 7997-2689 (Tati 08D)

Conheça a Comunidade Sítio Joaninha

outubro 30, 2010

Eis um pequeno Dado
Jogado por sobre a mesa:
Ali nada era certeza
Tudo era interrogar.

Mas, para minha surpresa,
Na forma de um colosso,
o pequeno Dado jogado,
Era de carne e osso
E sabia até cantar.

Pulava, gingava e sorria,
Cheio de alegria
No milagre do olhar,
No cuidado e na labuta

De René, Nega e Ângela,
Mulheres que nos constrangem
A também lhe enxergar.
A também a dar-lhe a voz
Voz que em cada um de nós,
Visitantes, jornalistas,
Fotógrafos a perder de vista,
Se embargava no chorar.

Vendo aquele Dado exposto
Num lugar de dar desgosto
Que nem dá para explicar

Como é que aquele Dado
Lá no Coque tão jogado
Podia ser tão garboso,
Podia ser tão charmoso.

Hip-hop, capoeira, cantor,
Constitucionalista,
Denunciador de injustiça,
Com quatro anos de idade?

Dado, meu pequeno Dado
Que Dilma, Serra, Plínio ou Marina
Ajude a mudar a sina
De tantos Dados jogados.

Marina Silva

 

No poema, Marina Silva relata a situação encontrada em uma das comunidades que visitou durante a campanha, a comunidade do Coque no Recife. Não, não é de política que viemos falar aqui, tampouco defender um ou outro candidato, como diz o próprio poema, seja qual for o eleito, que lute para amenizar o sofrimento de tantos Dados jogados pelo Brasil. Mas o poema, com algumas adaptações, também poderia ser escrito por qualquer um que visitasse a comunidade do Sítio Joaninha, muito mais próxima de nós.

O fato é que a realidade desse poema parece distante,  uma realidade que não a nossa… Muito além da selva de concreto, das nossas “grandes cidades”. Pois não é, e tantos são os exemplos que podem ser apresentados. Nós da Farmácia Acadêmica visitamos recentemente a comunidade do Sítio Joaninha, em Diadema, a 26 km de um dos mais nobres bairros de São Paulo. São 200 mil metros quadrados ao lado de um aterro sanitário, hoje desativado, mas que até a década de 80 recebia todo lixo da cidade de São Paulo. Não é difícil de imaginar a realidade daqueles brasileiros. Brasileiros que nem endereço tem e que recebem correspondências todas num mesmo local, o endereço é de uma comerciante próxima da região. “É uma forma de ajudar. Como eles arrumariam emprego sem ter um endereço para abrir uma conta no banco?”, conta Cleonice de 54 anos.

A falta de endereço talvez seja o de menos, a pouca rede de água encanada é clandestina, a maioria dos 3.000 moradores recebe água apenas por caminhão pipa. A energia também é clandestina, o esgoto é despejado em fossas sépticas ou, na maioria dos casos, na rua, a céu aberto. A comunidade fica a beira da represa Billings e boa parte dela sobre o antigo lixão do Alvarenga. “A gente tem mais medo de explosão do que da água. Mas já teve desmoronamento do morro aí na frente. Desceu muito barro”, conta José dos Santos, que mora há 14 anos no Joaninha. “É só andar no meio do mato para ver a fumaça subindo do meio da terra. Há oito meses, uma explosão derrubou o barraco de um senhor mais ali embaixo. Sorte que ninguém morreu”, disse Edivaldo Santos dos Reis Souza, há 23 anos no local.

Sítio Joaninha, em Diadema. Casas e barracos que ocupam local foram construidos sobre lixão. Clique aqui para ver mais imagens do local, publicadas pelo Estadão.com.

Humildes, esquecidos, alheios ao “nosso mundo”, verdadeiros Dados jogados, vítimas de nossa sociedade. Mas como brasileiros também, de alguma forma, acabam por pagar impostos. Impostos esses que garantem o nosso estudo gratuito em uma das melhores Universidades do Brasil, ensino que provavelmente nem passa pelos sonhos dos pequenos guerreiros, os Dados do Sítio Joaninha, nem pelos sonhos de seus pais que têm muito mais a se preocupar, sonhos muito mais perto de suas realidades, como garantir o alimento da próxima refeição…

Será que somos tão cegos a ponto de não enxergar? Não podemos de alguma forma contribuir/retribuir o que recebemos? A luta diária dessas famílias não pode ser diminuída? Não somos grandes o bastante pra mudar toda a história desse lugar, mas colocamo-nos em nossa pequenez e façamos nossa parte.

Diante dessa realidade a Farmácia Acadêmica Social se uniu com a Liga Acadêmica de Farmacoterapia e buscou apoio da Secretaria de Educação de Diadema, lançando o projeto “FAS – Educação e Saúde”. E é exatamente os tantos Dados da comunidade do Sítio Joaninha, crianças com 4 anos de vida difícil, batalhadoras, mas por que não, vitoriosas, que queremos ajudar. Elas estão nas creches enquanto seus pais batalham para garantir o mínimo e é lá que estaremos levando esperança, carinho e atenção. Vamos nos unir em torno desse projeto, que começa pequeno, mas é o primeiro passo para que cheguemos mais longe. Juntos podemos mudar o destino das crianças e por isso, convidamos você a também participar. Vamos fazer a diferença?

Por um sorriso saudável !!!

outubro 15, 2010

Ajudem a Farmácia Acadêmica a aumentar os sorrisos de nossas crianças !

Como parte do Projeto “FAS – Educação em saúde” a FA irá realizar um dia de atividades e brincadeiras com as crianças  de duas creches em Diadema.

Nesse dia serão distribuídos kits de higiene oral doados por padrinhos e madrinhas interessados.
 
Participem !
É só escolher uma criança para apadrinhar e contribuir com o valor do kit !
 
Arrecadações a partir de 25/10, no Centro de Vivências, sala 12.
 
 
Contato: Natália (09N) 7383-5740

Projeto de Apadrinhamento

agosto 6, 2010

Você que participar do Projeto FAS- Educação e Saúde? Uma forma fácil é apadrinhar uma criança!

Para isso basta escolher uma ou mais crianças para presenteá-las, montando um kit contendo escova e pasta de dente, fio dental, algum brinquedinho ou uma cartinha se quiserem. Estas crianças precisam muito de atenção e carinho e por isso é muito importante que cada uma tenha um padrinho, pois elas se sentirão mais estimulada a aprender além de se sentirem muito queridas!

O Projeto FAS – Educação e Saúde será realizado pela Farmácia Acadêmica Social nas creches São Judas e Frei Ambrósio, localizadas no município de Diadema. O projeto consiste em transmitir noções de higiene bucal e saúde às crianças através de brincadeiras, teatro e atividades recreativas.

Contato: Natalia (09N) 7383-5740

 

Novidade…

julho 29, 2010

Não deixem de olhar a secção “Aventais” (atualizada recentemente)…

FAS – Educação e Saúde

julho 1, 2010

 


Notícias quentes estão por vir!

É o novo projeto da Farmácia Acadêmica em parceria com o Departamento de Educação do Município de Diadema, o FAS – Educação em Saúde!

Estamos na última fase da sua elaboração:  já está tudo escrito, inclusive as atividades. Agora, só falta a parte de confecção dos materiais!

Aguardem… mais notícias em Agosto!

Boas Férias!!!

Pra conhecer mais a entidade…

julho 1, 2010

Olá!

Pra começar o blog de um jeito legal, pensamos em primeiro apresentar a entidade e suas ações nos últimos anos. Montamos este pequeno “histórico”, onde você poderá encontrar um pouco da nossa criação e um resumo sobre os últimos projetos:

Histórico da Farmácia Acadêmica

A Farmácia Acadêmica (FA) existe desde a década de 60, o que sugere que sua criação ocorreu logo depois que nosso centro acadêmico se separou da Faculdade de Odontologia, tornando-se o Centro Acadêmico de Farmácia e Bioquímica (CAFB). Inicialmente, éramos considerados um anexo do centro acadêmico. Porém, no fim de 2008, tornamo-nos independentes, realizando projetos próprios.

A idéia inicial era a assistência social, com a distribuição de medicamento gratuito para a população carente. Ela até entrou em prática durante um tempo: recebíamos os medicamentos (de uspianos, de médicos e outros interessados), selecionávamos aqueles que estavam em condições adequadas e distribuíamos gratuitamente para a população carente mediante apresentação da prescrição médica. Fizemos até um mutirão para adequar a nossa sala ao armazenamento de medicamentos, pintando paredes e tomando as medidas para reduzir o acúmulo de pó. Entretanto, novos problemas surgiram.

Primeiramente, tornou-se obrigatório por lei a presença de um farmacêutico responsável no local de distribuição, porém seria difícil para a entidade encontrar profissional deste nível disposto a realizar esta tarefa. Além disso, pelo fato de que a entidade dependia de doações, a procedência dos medicamentos era, muitas vezes, desconhecida, podendo até serem falsificados, e muitas das doações eram amostras grátis (que por lei não podem ser distribuídas). Outro empecilho era o fato de não sabermos em que condições de armazenamento os remédios recebidos eram mantidos antes de chegarem a nossa farmacinha. Por isso, optamos por interromper essa atividade.

Assim, desde a gestão de 2003/04, foram sendo discutidas mudanças para focar a conscientização das pessoas em relação aos medicamentos, evoluindo para a Atenção Farmacêutica, um método desenvolvido na Espanha e nos Estados Unidos para fazer do uso de medicamentos uma terapia racional, em que o paciente saia ganhando. Logicamente, empecilhos não faltaram. Por exemplo, quando o Centro de Vivências fechou para reforma, a FA ficou fechada por um ano, retomando no prédio do Semi-industrial em uma sala de 5m² que, de tão pequena, foi apelidada de “banheirinho”. Em 2003, a Profa. Nádia precisou reformar aquela área, derrubando a sala, o que custou à FA quase mais um ano fechada para, em seguida ser transferida para o laboratório dela.

A gestão de 2005/06 teve a iniciativa de implantar o Projeto de Atenção Farmacêutica aplicada a portadores de Hipertensão Arterial e Diabetes Melitus tipo 2. Entretanto, o projeto não foi colocado em prática.

No ano de 2008, com a reabertura do Centro de Vivência, pensamos em outro projeto,  baseado no projeto que os alunos da faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo realizavam em São Miguel Paulista. As idéias começaram a surgir, e foi elaborado um projeto voltado para educação em saúde.

Enfim, no ano de 2010, com a entrada de novos integrantes o projeto “FAS – Educação em Saúde” foi idealizado. Será uma atividade desenvolvida em parceria com a Secretaria de Educação do Município de Diadema, com crianças carentes de 2 a 5 anos que estudam em creches subsidiadas pela Prefeitura. Através de brincadeiras simples e divertidas, estimularemos o espírito crítico de crianças com relação a conceitos básicos de higiene, uso correto de medicamentos, alimentação e outros assuntos relacionados à saúde e ao bem-estar.

O projeto de encontra em fase de elaboração e está previsto para ser realizado no segundo semestre. Aguardem novas informações!

Nota de Esclarecimento.

maio 11, 2010

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

 

           A Farmácia Acadêmica Social, entidade estudantil da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo, esclarece que não possui vínculo com os artigos da publicação intitulada “O Parasita”.

           O artigo com incitações homofóbicas não representa a ideologia e opinião da entidade que, por sua vez, repudia o conteúdo publicado.

            A Farmácia Acadêmica tem por objetivo a promoção do bem estar social independente das diferenças ideológicas.

Farmácia Acadêmica Social

Gestão 2010